Decorreu hoje, dia 27 de abril de 2012, o seminário «Percursos Educativos e Vidas dos Adultos», iniciativa organizada pela ATAHCA em parceria com a Unidade de Educação de Adultos da Universidade do Minho tendo como base o estudo que pretendeu avaliar o impacto das atividades realizadas pelo Centro Novas Oportunidades da ATAHCA nos percursos de educação e formação de adultos.
Constituído por um excelente painel de oradores, registamos a intervenção do Professor Luís Rothes quando assinala como mérito da Iniciativa Novas Oportunidades colocar a educação de adultos na agenda política.
Pese embora as diferentes posições existentes em relação à educação de adultos em Portugal, importa tomar consciência da presença de uma visão conservadora, liberal. Faz falta um discurso crítico dos processos de RVCC. Faz falta um discurso crítico no espaço público. Um discurso que preserve a educação de adultos dum espaço meritocrático.
No entender do Professor Luís Rothes, através do processo RVCC conseguiu-se envolver os adultos em processos de educação e formação nos diferentes cantos da sociedade portuguesa (chegou-se aos bairros mais degradados, aos adultos que não tinham concluído os seus percursos formativos).
Conquistar a participação dos adultos não é tarefa fácil, exige um empenhamento cívico, político, sério.
Várias questões foram colocadas:
Constituído por um excelente painel de oradores, registamos a intervenção do Professor Luís Rothes quando assinala como mérito da Iniciativa Novas Oportunidades colocar a educação de adultos na agenda política.
Pese embora as diferentes posições existentes em relação à educação de adultos em Portugal, importa tomar consciência da presença de uma visão conservadora, liberal. Faz falta um discurso crítico dos processos de RVCC. Faz falta um discurso crítico no espaço público. Um discurso que preserve a educação de adultos dum espaço meritocrático.
No entender do Professor Luís Rothes, através do processo RVCC conseguiu-se envolver os adultos em processos de educação e formação nos diferentes cantos da sociedade portuguesa (chegou-se aos bairros mais degradados, aos adultos que não tinham concluído os seus percursos formativos).
Conquistar a participação dos adultos não é tarefa fácil, exige um empenhamento cívico, político, sério.
Várias questões foram colocadas:
- Como é possível aceitar o ataque ao trabalho meritório que tem sido realizado?
- Qual é o efeito do ataque publicamente feito ao trabalho realizado?
- Que se fez?
- Qual é a importância simbólica do diploma escolar?
- Estão vedados os melhores empregos.
- Não vivem nos mesmos lugares, nem frequentam os mesmos espaços dos colegas que tiveram a possibilidade de concluir os seus processos de educação/formação.
- Mais ainda, os impactos prolongam-se atingindo as gerações futuras, atinge os próprios filhos...
Como referiu o Professor Licínio Lima, a riqueza da educação de adultos está na sua relação plurifacetada, pluriperspectivada. Só se ganha na intersecção destas visões. Temos entidades sem memória na educação de adultos, com um lastro que permita reflectir e evoluir nas suas práticas.
O silêncio que paira face ao encerramento de tantos Centros Novas Oportunidades evidencia que ainda não consolidamos uma história de Educação e Formação de Adultos...
Este é o tempo favorável para avaliar o impacto real desta Iniciativa junto dos adultos e dos profissionais que se dedicaram com afinco a este projecto. Pode ser um momento privilegiado se existir a coragem de evitar o isolamento e promover um trabalho colaborativo, autêntico, em redes movidas pelo desejo de tornar a educação, para cada pessoa, adulto aprendente, o "tesouro a descobrir" ao longo da vida!