sábado, 26 de fevereiro de 2011

Apresentação da REALV - ML


1.º Júri de Certificação Conjunto de 2011
25 de Fevereiro de 2011

Desde Fevereiro de 2010, vários Centros Novas Oportunidades decidiram juntar esforços no sentido de trabalharem na organização de um Júri de Certificação Conjunto. O desafio foi lançado e as coordenadoras e coordenadores tornaram seu, um projecto que desafiava as certezas construídas através da experiência vivida, e numa aventura consentida, trilharam com as equipas técnico‑pedagógicas novas possibilidades…
No desenrolar dos trabalhos, os medos e os receios dissiparam-se dando lugar à partilha e ao trabalho colaborativo entre equipas. Desta união resultou, no dia 8 de Maio, o 1.º Júri de Certificação Conjunto com a participação de nove Centros Novas Oportunidades.
Contudo, o projecto não findou com este evento, pelo contrário, tornando real a insatisfação humana, foram desbravadas novas formas de inovar e de alargar o seu campo de acção.
As reuniões entre coordenadores ocorreram e ocorrem com uma regularidade quase mensal e a sua ordem de trabalhos inclui para além da análise de questões estratégicas e pertinentes, a organização de novos Júris de Certificação Conjuntos. Para este ano, está prevista a realização de 4 júris repartidos ao longo do ano. Vamos assistir esta noite ao 1º júri de 2011.
Mas esta parceria, este congregar de esforços, vontades, expectativas e inquietações precisava de um nome e no dia 24 de Janeiro, os esboços deram lugar à certeza de um rosto:
REALV Minho-Lima (Rede de Educação e Aprendizagem ao Longo da Vida);
é esta a marca que designa a rede que congrega (13) os Centros Novas Oportunidades
da Associação Empresarial de Ponte de Lima,
do Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho,
da Ancorensis,
da COOPETAPE,
da Ecoagri,
da Epralima,
da Eprami,
da Escola Básica e Secundária de Barroselas,
da Escola EB 2/3 Carteado Mena,
da Escola Secundária de Monserrate,
da Escola Secundária de Ponte de Lima,
da Gabigerh e
do Instituto de Emprego e Formação Profissional de Viana do Castelo.
Azul e Verde são as cores do nosso logótipo. Faz a analogia de um Projecto que se faz com as pessoas, com as organizações, em prol da Educação.
O Azul evoca o pensamento, o céu, a personalidade norteada pelos valores da lealdade e fidelidade.
O Verde evoca vigor e força, aliando a calma através da qual… renasce a Esperança.
Uma característica parece emergir desta aventura colaborativa: a confiança dá lugar ao compromisso entre pares em prol da educação e formação de adultos como um tesouro a construir ao longo da vida (recordando as palavras de Jacques Delors e Roberto Carneiro).
No âmbito desta parceria, aprovámos a Carta de Qualidade da REALV Minho-Lima, documento no qual os CNO envolvidos acordam promover acções concertadas, no sentido de melhor responder às necessidades dos adultos, incentivando uma cultura de excelência, assente numa busca de melhoria permanente.
Termino reiterando a nossa confiança no papel fundamental que rede de Centros pode ter no desafio da qualificação e no desenvolvimento de uma estratégia de inclusão, nas diversas áreas da vida em sociedade, implementando práticas educativas que favoreçam o desenvolvimento integral do adulto, implicando-o na formação do seu projecto de vida e promovendo a auto-formação.
Finalizo felicitando os meus colegas coordenadores todo o empenho, investimento e dedicação que colocaram na construção e agora na consolidação deste projecto.

Muito obrigada.   
Discurso proferido por Dr.ª Sylvie Vilas Boas


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

12.º Júri de Certificação - Nível Secundário


NÃO SE PODE DESPERDIÇAR
Testemunho de uma estudante
cujos pais concluíram o processo RVCC           


Até há algum tempo atrás, vivi uma experiência inesquecível. Os meus pais, António Cunha e Irene Cunha, frequentaram ambos o Centro Novas Oportunidades da Escola Básica e Secundária de Barroselas. Foram meses de estudo e de trabalho até o meus pais obterem a equivalência ao 9.º ano escolaridade através do processo RVCC. Semana após semana, os meus pais deslocavam-se até esta escola para frequentar as sessões. Depois, em casa, tinham de fazer pesquisas e elaborar trabalhos escritos. Lá em casa até demos o nome de “escolinha para os pais”.
                Eu, como aluna da mesma escola e filha, acabei por ajudar muitas vezes os meus pais nos seus trabalhos, quer nas pesquisas, quer na elaboração dos seus famosos “TPC’s”.
                No fundo a coisa até teve a sua graça. Acabei por ajudar os meus pais e assim também eu própria aprendi bastante. Os meus pais sem dúvida que acabaram por ficar mais enriquecidos: aprenderam mais, obtiveram conhecimentos que nunca imaginaram ter nas suas vidas, e isso é o mais importante, ficaram com a equivalência ao 9.º ano. E ainda ficaram a saber o que é a vida de estudante… em adulto, claro.
                Aconselho e recomendo a todos os pais deste Agrupamento que não tenham a escolaridade obrigatória a frequentar as Novas Oportunidades.
                Vão ver que não custa nada! É uma oportunidade que não se pode desperdiçar. Toda a gente fica a ganhar: os pais, os filhos e a sociedade em geral.
 
Patrícia Cunha
Aluna do 12.º A

19.º Júri de Certificação - Nível Básico

in: Gaspar, Teresa, et al (2009), A sessão de júri de certificação: momentos, actores, instrumentos - roteiro metodológico

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Convite: 2.º Júri de Certificação conjuto - REALV - ML



                À semelhança do ano passado, os CNO´s da NUT III Minho-Lima promovem neste ano lectivo a realização de mais um Júri de Certificação Conjunto, iniciativa que pretende dar visibilidade ao trabalho desenvolvido pelas equipas técnico-pedagógicas, através da participação de um adulto por cada CNO, num evento conjunto, público, com a presença da ANQ.
                Até ao momento foram realizadas algumas reuniões preparatórias tendo em vista a preparação da Sessão de Júri de Certificação Conjunto previsto para ter lugar no dia 25 de Fevereiro de 2011, no Teatro Diogo Bernardes de Ponte de Lima. Além do nosso CNO, o evento contará com a presença do CNO da Associação Empresarial de Ponte de Lima e o CNO da Eco Agri.
                Recorde-se que no ano passado, o Sr. João Carlos Mota Leite foi o Adulto seleccionado para representar CNO desta Escola na Sessão de Júri de Certificação Conjunto, tendo apresentado um Portefólio Reflexivo de Aprendizagens de grande qualidade.

DESAFIA-TE A TI MESMO

Aceite o repto
de um novo DESAFIO...

 


Solução do Desafio n.º 1

Dar a palavra a Mia Couto...


Poema da minha alienação

«Demoro-me no outro lado de mim
porque me atrai
esse ser impossível
que sou
esse ser que me nega
para que seja ainda eu.
Porque desejo esse alguém
que me invade e me ocupa
que me usurpou a palavra e o gesto
me fez estrangeiro do meu corpo
e me deixou mudo, contemplando-me.
Lanço-me na procura da minha pedra
no infindável trabalho
de me reconstruir
recolhendo os sinais do meu desaparecimento
percorrendo o revés da viagem
para regressar a um lugar inabitável.
Todas as vezes que me venci
não me separei do meu sonho derrotado
e, assim, me fiz nuvem
reparti-me em infinitas gotas
para que fosse bebido, vertido, transpirado
e voltasse de novo a ser céu
transparência de azul, harmonia perfeita
e poder regressar ao lugar interior
para me deitar, de novo,
no sangue que me iniciou.»

Mia Couto (1979).

 

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

CONVITE - Dia 11 de Fevereiro


CNO APRESENTA: «A História dos Lenços de Namorados»





Maria da Conceição Teixeira Pinheiro

 Nasceu em Jesufrei, Vila Nova de Famalicão, no dia 13 de Novembro de 1934.
Em 1939, o pai parte para Lisboa onde integra a Guarda Nacional Republicana. Desde então a família viaja pelo Porto, Valongo, instalando-se definitivamente em Vila Verde em 1945.
Na Obra das Mães pela Educação Nacional (OMEN), Maria da Conceição teve formação nas áreas: acção educativa, acção familiar e acção social.
Através da “Obra das Mães” vai parar a Lisboa… ao Atelier de Sereira Amzalak, onde esta arte adquiriu os contornos da alta costura. A tecelagem assumiu um papel muito importante, urdindo de forma alegre, apaixonante e especial as teias da sua vida…
No ano de 1961, é convidada pela Directora da Escola de Agentes de Educação Familiar D. Luís de Castro, para realizar o seu estágio de curso, nos Cursos Intensivos de Educação Familiar em Luanda.
Terminado o estágio parte, em 1962, para S. Tomé e Príncipe, onde fez parte da equipa encarregue de organizar o Serviço Social da ilha. 
Em 1981, é admitida na Casa do Povo de Vila Verde como Agente de Educação Familiar. No ano seguinte, no seguimento de um trabalho de recolhas de poemas ao nível dos valores culturais, pode assistir ao reaparecimento dos Lenços dos Namorados.
A partir de 1984 até 1989, organiza cursos e estudos para jovens do Centro de Educação Familiar e realiza levantamentos diversos, lançando no mercado os Lenços de Namorados.
Neste período surgem os cursos de Tecelagem e Bordados, de Bordados de Vila Verde, de Camisas e Blusas – Bordados de Vila Verde.
A partir de 1990, assume a responsabilidade de coordenar a Aliança Artesanal, onde realiza diversas actividades, entre outras, de formação profissional, participação em feiras, exposições, comercialização de artesanato, etc.
Pela sua dedicação à valorização do artesanato, foi alvo de várias referências bibliográficas em livros e catálogos de artesanato da região Norte.

In: “Histórias de Vida: homenagem da Adere-Minho”, 
Associação para o Desenvolvimento Regional do Minho, 
Vila Verde: ADERE-MINHO, 2005